Sespa mostrará riscos do tabagismo no Dia Mundial sem Tabaco
O Dia Mundial sem Tabaco, comemorado em 31 de Maio, será marcado no Pará por uma programação direcionada a toda a população, promovida pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Controle de Tabagismo, em conjunto com o Centro de Referência em Abordagem e Tratamento do Fumante.
As ações acontecerão na próxima segunda-feira (30), partir das 09h, no hall da Cardiologia, na Unidade de Referência Especializada da Avenida Presidente Vargas, centro de Belém.
Com o tema “Convenção - Quadro para o Controle do Tabaco”, o evento pretende destacar os riscos à saúde associados ao tabagismo e cobrar políticas eficazes para redução do consumo de cigarro. Entre a programação estão previstas apresentações de bandas musicais e grupos de dança de salão, serviços como verificação de pressão arterial, teste de glicemia, teste de HIV, e ações educativas.
Na terça-feira (31), a partir das 8h, a programação prosseguirá com o “II Fórum Paraense de Mobilização Social para Controle do Tabaco”, no auditório da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), com a presença de gestores estaduais e municipais das áreas de Saúde e Educação, legisladores estaduais e municipais, organizações governamentais e não governamentais, empresas privadas e outros segmentos sociais.
Também haverá atividades das 8 às 12h na Praça D. Pedro II, com apresentação de bandas de música e vídeos educativos, medição de monóxido de carbono, realização de exercícios físicos (como alongamento e caminhada na praça), distribuição de panfletos e orientação sobre prevenção e promoção do controle do tabagismo.
Estatística - O tabaco é uma das drogas mais consumidas no mundo, por isso é considerado um grave problema de saúde pública. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabaco é responsável por 5 milhões de mortes por ano no planeta.
Só no Brasil são registrados 200 mil óbitos a cada ano. O cigarro industrializado, um dos mais utilizados, causa cerca de 50 doenças, por conter quase 5 mil substâncias tóxicas, a maioria causadora de câncer.
Outro fator agravante do tabagismo é que o fumante não prejudica apenas a própria saúde, mas também a dos familiares, amigos, colegas de trabalho e de outras pessoas que inalam a fumaça do cigarro, os chamados fumantes passivos. As pessoas que convivem regularmente com fumantes passivos, mesmo sem fumar, têm até 30% mais de chances de desenvolver câncer, do que as que não respiram a fumaça lançado pelos fumantes.
Ainda de acordo com a OMS, a única forma de evitar esse risco é promover a implantação de ambientes 100% livres de tabaco.
No Pará, a Lei n° 7.094/2008 proíbe o uso do cigarro em órgãos da administração pública direta e indireta, e nas fundações.
Cartilha - Com informações sobre os malefícios do cigarro e outros produtos que utilizam tabaco, foi lançada no município de Capanema, nordeste do Pará, a terceira edição de uma cartilha produzida pela Coordenação Estadual de Tabagismo e pelo 4º Centro Regional de Saúde, sediado em Capanema, mas com abrangência em mais 15 municípios.
A cartilha foi lançada na última quinta-feira (26), em evento com a participação de estudantes, secretários Municipais de Saúde e representantes de gestores municipais envolvidos na campanha de combate ao tabagismo.
A publicação aborda o que é o tabagismo, a composição do cigarro, as doenças causadas pela droga, o impacto na saúde da mulher fumante, tabagismo passivo, os ganhos ao parar de fumar, onde encontrar tratamento para vencer o vício e advertências sanitárias.
O diretor do 4º Centro Regional de Saúde, Breno Oliveira dos Santos, destacou a “responsabilidade dos gestores dos órgãos competentes em fazer cumprir a Lei do Ambiente Livre do Tabaco - Lei Federal 9.294/96 – que trata da restrição da propaganda e do uso do tabaco em espaços coletivos, além da promoção de ações informativas e educativas voltadas à sociedade”.
Segundo ele, “é dever de governantes, gestores, trabalhadores dos setores público e privado, e da sociedade civil contribuir para a manutenção de ambientes saudáveis. Todo cidadão, fumante ou não-fumante, deve demonstrar atitudes corretas e responsáveis para proteger a saúde pública”.
Ascom/Sespa