O Princípio Genético-Dialético-Ambiental, da Teoria Sistêmica Ecológica Cibernética de Enfermagem e a Prevenção do Cancer
Registramos o recebimento do seguinte e-mail:
"A CURA DO CÂNCER ANTES QUE ELE SURJA NO CORPO.
- De:
- Luiz Carlos Nogueira
(O anexo do e-mail está reproduzido mais adiante)
- Edson,
Veja isto. Como médico qual é a sua opinião?
Conheci pessoas demasiadamente seletivas, tanto na questão do que comer, do que beber, como fazer isto ou aquilo para ter uma boa saúde.Tinham vida regrada e harmônica e suavam no trabalho, No entanto, algumas morreram de "derrame" (designação da doença sem eufemismo), outras de cancer e diabetes.
Algumas pessoas viveram muito, sem nunca ter deixado de comer o que gostavam, de beber bebidas alcoolicas, fumar, etc. sem cometer exageros.
Então eu não sei até que ponto, viver com medo de doenças e da morte, faz ter vida saudável, deixando de fazer o que faz bem ao espírito e dá mais sabor à existência - repito, sem exageros.
Abraços.
Luiz Carlos Nogueira
Resposta:
Luiz Carlos
Primeiramente vamos usar uma máxima que é mais significativa quando expressa em francês, mas com receio de errar na grafia, vai em português mesmo:
"Na medicina, como no amor, nem nunca, nem sempre".
Existe outro ditado: "O homem é produto do meio".
Esta máxima está incompleta. Para torná-la verdadeira, devemos lhe acrescentar um outro fator: as "condições genéticas."
Destarte, o homem é produto das relações conflitantes, antagônicas, portanto, dialéticas, dos dois fatores: o patrimônio genético (o seu genôma), submetido permanentemente, desde o instante da fecundação (ambiente uterino) até ao ocaso da vida, às pressões ambientais.
Na tentativa de traduzir essa relação dialética que se processa entre o sistema humano e o ambiente circundante, Rosalda Paim, professora titular da UFF, pesquisadora, uma das duas teoristas brasileiras de Enfermagem e que, neste mês, recebeu a outorga, pela referida Universidde, do título de cientista, assim enuncia o
Princípio Genético-Dialético-Ambiental, da sua Teoria Sistêmica Ecológica Cibernética de Enfermagem
"O ser humano é, em cada instante de sua trajetória existencial, a resultante das relações dialéticas de dois fatores: um genético, expresso pelo conteúdo informacional (instruções codificadas em linguagem cromossômica), equivalente a um projeto, inscrito no seu genoma e, de outro, correspondente ao impacto ambiental sobre o patrimônio genético, produzindo conseqüências cumulativas, cuja historicidade, acrescida dos resultados instantâneos desses componentes, em cada momento considerado, extrapolando para abranger o seu vir-a-ser, tudo traduzido como o somatório cumulativo dos efeitos das trocas de matéria, energia e informações entre o sistema humano e o ambiente, ocorridas no decurso de todo o processo “vida”, incluindo as potencialidades, o planejamento e o devir desses intercâmbios.
O Princípio, acima enunciado, consta dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético" e "Sistemas, Ambiente & Mecanismos de Controle", de Edson Paim e Rosalda Paim.
Adaptado do livro Sistemismo Ecológico Cibernético – 3a. edição – 2004 - Todos os direitos reservados aos autores - copyright Ó by Edson N. Paim e Rosalda C.N. Paim.
Ao considerarmos que cada sistema humano consitui um "ser unico", cujos parâmetros individuais não podem ser comparados com os de outra pessoa, sugerimos que seja analisada sob o prisma do Princípio Genético-Dialético-Ambiental, da Teoria Sistêmica Ecológica Cibernética de Enfermagem, de Rosalda Paim, o anexo do e-mail enviado por Luiz Carlos Nogueira, sobre
"A CURA DO CÂNCER ANTES QUE ELE SURJA NO CORPO, pode ser acessado através do seguinte LINK:
Cancer E A CURA.pps 1.46 MB
Outra matéria, a seguir publicada, corrobora o Princípio Genético-Dialético-Ambiental, da Teoria Sistêmica Ecológica Cibernética de Enfermagem, de Rosalda Paim, em face de se referir aos resultados das ações dos fatores genéticos, em permanente relação dialética com o ambiente:
'Gêmeos virtuais' mostram que natureza é mais forte que criação
Sarah Kershaw
Irmãs com apenas quatro meses de diferença, Julie e Sara Curry cresceram bombardeadas de perguntas de colegas de classe confusos. "A sua mãe ficou em trabalho de parto por quatro meses?", perguntou um amigo, conta Sara, 19. "Como é possível?", outros questionavam.
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As irmãs Curry, que estão no segundo ano da faculdade e vivem com os pais em uma cidade desértica nos arredores de San Diego, são o que a doutora Nancy L. Segal, psicóloga que estuda diferenças comportamentais em gêmeos, chama de gêmeas virtuais.
Segundo sua definição, gêmeos virtuais são crianças sem parentesco entre si, nascidas dentro de um período de até noves meses de diferença e que ingressam em uma família, pelo nascimento ou adoção, no seu primeiro ano de vida. Desde 1991, Segal estudou 137 pares de gêmeos desse tipo, cuja diferença média de idade é de três meses.
Cientificamente, gêmeos virtuais fornecem rico material aos pesquisadores que lidam com questões de natureza versus criação. Nos estudos de Segal, como em muitos outros envolvendo gêmeos biológicos, a natureza parece levar a melhor.
Criados juntos praticamente desde que nasceram, ou pelo menos desde a tenra infância, gêmeos virtuais podem ser estranhos genéticos, mas partilham do mesmo ambiente desde muito cedo em suas vidas.
Segal, que também tem uma irmã gêmea, comanda o Centro de Estudos de Gêmeos na Universidade Fullerton do Estado da Califórnia e é autora de dois livros sobre gêmeos. Ela disse que seu trabalho mostra que gêmeos virtuais têm menos em comum em termos comportamentais, de inteligência e de habilidades decisórias do que gêmeos fraternais ou idênticos, incluindo aqueles que foram criados separados, ou irmãos biológicos com uma grande diferença de idade. Nos últimos anos, sua pesquisa apareceu em publicações como Journal of Educational Psychology.
"Esperava que os gêmeos virtuais fossem mais parecidos do que de fato são, já que foram criados juntos a vida inteira," disse Segal, que também estudou centenas de pares de gêmeos fraternais e idênticos, incluindo dezenas que foram criados separados. "Mas eles são muito menos parecidos. Isso nos dá outra pista do grande quebra-cabeças da natureza versus criação."
Embora seja difícil quantificar o fenômeno, pesquisadores dizem que o número crescente de gêmeos virtuais é conseqüência de americanos que têm filhos tardiamente e enfrentam problemas de fertilidade, tendo que constituir família por meio de diversos métodos: adoções, barrigas de aluguel, gravidez natural e tratamentos de fertilidade, que também podem levar a múltiplos nascimentos.
Muitos pais que tiveram problemas de infertilidade durante anos recorrem a diversas alternativas em paralelo, esperando conseguir ter pelo menos um filho. Quando duas adoções ou uma adoção e uma gravidez acabam dando certo ao mesmo tempo, está formado o cenário ideal para os gêmeos virtuais.
Peggi Ignagni, de Oberlin, Ohio, havia tentado engravidar por nove anos quando ela e seu marido, Tony, se registraram para adoção, na esperança de poder adotar um bebê. Eles acolheram Nickholas com apenas três dias de vida, mas decidiram continuar com o processo de fertilização in vitro, temendo que a adoção não desse certo. O tratamento de fertilização funcionou e Ignagni engravidou de tri-gêmeos, que nasceram oito meses após Nickholas.
Hoje, ela e o marido, que é dono de uma empresa de equipamentos médicos, têm quatro filhos de seis anos. "Ainda bem que todos aprenderam a usar o pinico na mesma semana," ela disse.
No caso das irmãs Curry, o casal Deborah e Dave Curry, ambos aposentados da Marinha, adotaram Sara logo que ela nasceu. O casal havia tentado ter filhos por quase quatro anos antes de entrarem com um pedido de adoção. Deborah Curry engravidou de Julie um mês após a mãe biológica de Sara ter escolhido o casal para serem os pais adotivos da menina. Quando deixaram o hospital com Sara, um segurança os parou e pediu para explicarem por que levavam uma recém-nascida nos braços se Deborah Curry ainda estava visivelmente grávida.
Os Curry - ele tem cinco irmãos e ela tem 10 - dizem que as diferenças entre Julie e Sara são marcantes. Havia menos diferenças entre eles e seus próprios irmãos, contam. Além disso, as meninas se tornaram mais diferentes à medida que foram crescendo e ficaram menos suscetíveis à influência dos pais, uma conclusão à qual Segal também chegou com base na observação de outros gêmeos virtuais. Segal afirma que os genes tiveram um papel importante na determinação de suas aptidões e personalidades, acrescentando que as experiências de outros gêmeos virtuais estudados fornecem mais provas a respeito disso.
Sara ama filmes de terror, mas odeia esportes radicais; Julie gosta de filmes sentimentais, mas ama saltar de pára-quedas. "Pulo de um penhasco, mas não assisto a 'Jogos Mortais,'" Julie disse, se referindo ao filme sangrento.
Sara vai à igreja, Julie não. Sara usa seis brincos em cada orelha, Julie raramente usa jóias. Sara é falante, Julie é quieta. Sara usa óculos, Julie usa lentes de contato. Sara gosta de se arrumar; Julie costuma se vestir mais casualmente.
As dessemelhanças podem parecer como aquelas que ocorrem entre quaisquer irmãos, mas seus pais e Segal, que estudou as irmãs em dois períodos diferentes, dizem que o contraste entre elas parece ser muito mais profundo. Na verdade, ela disse que as diferenças encontradas na inteligência das irmãs foram maiores do que as encontradas na maioria dos irmãos biológicos, mesmo aqueles com grandes diferenças de idade.
A pesquisa de Segal envolve tipicamente entrevistas com os gêmeos virtuais quando eles têm pelo menos quatro anos. Eles fazem testes de inteligência e os pais e professores preenchem questionários extensos sobre comportamento, relação entre os irmãos e seus históricos escolares, médicos e dentais. Até hoje, a doutora já realizou acompanhamentos posteriores às entrevistas com 42 dos 137 pares de gêmeos, incluindo Sara e Julie; não há limite de idade para os participantes do estudo.
Diferente de outros gêmeos virtuais, Sara e Julie não costumavam vestir roupas iguais nem eram tratadas como gêmeas na escola. "Elas são totalmente diferentes," disse Dave Curry. "Elas se equilibram." Com a família sentada à mesa de jantar em uma tarde recente, Dave Curry virou-se para as filhas e disse: "Só pode ser uma maior influência da natureza. Vocês cresceram tão próximas, viviam juntas o tempo todo." Ele disse à Sara, "ela estabiliza o seu drama," e à Julie, "ela traz empolgação a você."
"Isso mesmo," Julie disse à sua irmã, "você me faz sair da minha bolha." Outros gêmeos virtuais do estudo, entretanto, foram deliberadamente criados como gêmeos desde o nascimento. Julie Dykstra, ex-enfermeira que vive em Belmon, Michigan, teve duas adoções aprovadas na mesma semana, uma em 1º maio e a outra dois dias depois. Segundo ela, seus filhos, hoje com seis anos, nasceram com 3,7kg e 53,3cm e têm 10 dias de diferença. "Sempre me senti como se tivesse tido gêmeos," ela disse. "Me senti imersa na experiência."
Eles cresceram como gêmeos e a família disse à escola que eles eram gêmeos.
"Eles têm a linguagem dos gêmeos," disse Dykstra. "Eles sabem o que o outro está pensando e prevêem o que o outro vai dizer. Quando se conheceram, um tinha 13 dias e o outro três dias de vida.
Segal disse que apesar da "genética não explicar tudo," mesmo se os pais tratarem seus gêmeos virtuais como gêmeos biológicos ou se as crianças tiverem similaridades desde cedo, sua pesquisa descobriu que o ambiente ainda tem "efeito mínimo ou nulo" no comportamento e na inteligência dos irmãos. Segundo ela, gêmeos virtuais podem se parecer muito em seus primeiros anos de vida, mas no longo prazo esse ambiente compartilhado não "terá um impacto duradouro."
Dykstra e seu marido, Todd, pastor da Igreja Maranatha, mais tarde adotaram outros dois gêmeos virtuais, duas garotas com 20 dias de diferença, hoje com dois anos. Uma foi adotada na China e não se juntou à família antes de completar 10 meses de vida. Dykstra disse que não sente como se as garotas fossem gêmeas, porque uma esteve em um orfanato chinês e se integrou à família muito tempo depois que a outra. Ela acrescentou que as garotas ainda são novas.
Há seis meses, o casal adotou outra recém-nascida, a irmã biológica de uma de suas filhas adotadas, o que deixa Dykstra curiosa para descobrir como as três serão diferentes. "Somos um pequeno experimento científico," brincou.
Críticos e agências de adoção recomendam que os pais evitem, quando possível, a adoção de gêmeos virtuais (também chamados de pseudogêmeos ou gêmeos artificiais), para que cada criança receba a adequada atenção dos pais. Alguns afirmam que os pais não estão sendo honestos ou justos quando tentam arranjar mais de uma adoção de mães que poderiam não escolhê-los se soubessem que outra criança entraria para a família em menos de um ano.
"As pessoas precisam ser muito bem orientadas," disse Joyce Maguire Pavão, presidente e fundadora do Centro de Conexões Familiares, em Cambridge, Massachusetts, que dá orientação psicológica e outros serviços a famílias que o centro chama de "combinadas".
"A adoção deveria ser uma forma de achar famílias para crianças, não de encontrar crianças para famílias," disse. "Em muitos casos, os pais fazem isso sem compreender as conseqüências. Acho que não há problema quando as pessoas estão conscientes de que é um processo muito difícil."
Mas, para Segal, na maioria dos casos é o destino que leva a ocorrências de gêmeos virtuais, mais do que uma escolha dos pais, que não podem ser culpados por explorar todas as alternativas, já que tanta coisa pode dar errado em casos de gravidez de alto risco e adoções. Em sua pesquisa, afirma, ela descobriu que os pais estavam contentes em ter crianças de idades parecidas, pois elas fazem companhia uma para a outra.
Muitos dos principais estudos sobre gêmeos nos últimos 20 anos, em particular aqueles que acompanharam gêmeos criados por famílias diferentes, forneceram o que os cientistas chamam de evidência clara de que a genética desempenha um papel maior que o ambiente na inteligência e na personalidade. A pesquisa de Segal, considerada a primeira a estudar gêmeos virtuais como um substrato da população gêmea, reforça a visão predominante adotando outro foco.
Nos últimos 17 anos, Segal e seus pesquisadores avaliaram habilidades verbais e não-verbais de gêmeos idênticos, fraternais e virtuais em testes de inteligência. Mais recentemente, eles conduziram outros testes para averiguar como cada um toma decisões individualmente, pedindo que respondessem às perguntas baseados no que achavam que eles e seus irmãos responderiam caso estivessem juntos.
Ela encontrou diferenças gritantes entre os gêmeos virtuais. Entre as questões estavam: diga o nome de um livro, filme e sabor de sorvete, e se seu gêmeo se perdesse no parque, onde você o procuraria? No outono americano, essa pesquisa deverá ser publicada no Personality and Individual Differences, um periódico de psicologia.
Segal descobriu que gêmeos idênticos pensavam de maneira muito parecida, gêmeos fraternais um pouco menos e os virtuais muito diferente. Quando se trata de inteligência, por exemplo, sua pesquisa descobriu que apenas 25% das diferenças entre gêmeos - virtuais, fraternais ou idênticos - se devem ao ambiente, e 75% à genética.
Nem todos os gêmeos virtuais no estudo de Segal mostram disparidades intelectuais e sociais. Ginger Relyea, instrutora de dança e educação física que vive em Encinitas, Califórnia, com seu marido, Steve, vice-reitor da Universidade da Califórnia, em San Diego, tem dois garotos de 11 anos com 11 semanas de diferença. Um é adotado e o outro nascido de uma mãe de aluguel.
Recentemente, em testes de inteligência na escola, suas pontuações diferiram em apenas três pontos. Os meninos, ambos com sardas nas bochechas e no nariz e 1,46m de altura (embora um seja 5,4kg mais pesado), parecem irmãos fraternais.
Quando eram pequenos, a mãe costumava vesti-los com roupas iguais, e nas primeiras fotografias eles parecem idênticos. Como bebês, suas personalidades eram bem diferentes: Nathan chorava muito, Dylan era tranqüilo. Mas, segundo Relyea, por volta de um ano de idade, eles começaram a se parecer mais como gêmeos e a avançar etapas juntos, aprendendo a andar com uma semana diferença, por exemplo.
Até cerca de um ano atrás, disse a mãe, eles agiam como gêmeos e eram tratados como gêmeos, mas as diferenças começaram a surgir. "Prefiro esportes de estilo livre, como skate e surfe," disse Nathan, o mais novo. "Dylan tende a ser mais agressivo. Mesmo com uma diferença de apenas três meses, ele tira vantagem de ser o irmão mais velho e dominador."
Dylan disse: "Gosto da diferença de três meses. Me faz sentir que estou no comando." Nathan concordou: "Ele gosta de poder," disse.
Mas, Nathan acrescentou, ele defende o Dylan quando é preciso. "Algumas das nossas maiores brigas são sobre o que é melhor, shorts ou jeans," disse.
Tradução: Amy Traduções